Escritos de geração:
Jorge Amado e Edison Carneiro na roda da capoeira
Palavras-chave:
Literatura, Etnografia, Geração, Capoeira, IntelectuaisResumo
Este artigo procura compreender como se relacionavam dois importantes intelectuais baianos com a capoeira durante as décadas de 1930 e 1940, momento fundacional da forma contemporânea de conhecimento que temos sobre tal manifestação. Os encontros de Samuel Querido de Deus, Edison Carneiro e Jorge Amado lançam luz sobre as condições de produção do conhecimento sobre a capoeira, atrelada às dimensões política, social e histórica. Um dos principais elementos na configuração cultural de então foi a circularidade que se estabeleceu entre a capoeira, a literatura e a etnografia. Embora referências à capoeira baiana possam ser encontradas em elaborações de outros períodos, revelamos um momento inaugural, contínuo e com recepção ampliada. Assim, a presença de Samuel Querido de Deus nos escritos de Jorge Amado e Edison Carneiro revelam as rupturas e limites de uma geração cujas construções dialogaram entre si, ressoando uma ladainha de versos similares em múltiplas versões.
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