Escritos de geração:

Jorge Amado e Edison Carneiro na roda da capoeira

Autores

  • Jorge Maurício Herrera Acuña Universidade de Princeton

Palavras-chave:

Literatura, Etnografia, Geração, Capoeira, Intelectuais

Resumo

Este artigo procura compreender como se relacionavam dois importantes intelectuais baianos com a capoeira durante as décadas de 1930 e 1940, momento fundacional da forma contemporânea de conhecimento que temos sobre tal manifestação. Os encontros de Samuel Querido de Deus, Edison Carneiro e Jorge Amado lançam luz sobre as condições de produção do conhecimento sobre a capoeira, atrelada às dimensões política, social e histórica. Um dos principais elementos na configuração cultural de então foi a circularidade que se estabeleceu entre a capoeira, a literatura e a etnografia. Embora referências à capoeira baiana possam ser encontradas em elaborações de outros períodos, revelamos um momento inaugural, contínuo e com recepção ampliada. Assim, a presença de Samuel Querido de Deus nos escritos de Jorge Amado e Edison Carneiro revelam as rupturas e limites de uma geração cujas construções dialogaram entre si, ressoando uma ladainha de versos similares em múltiplas versões.

Biografia do Autor

Jorge Maurício Herrera Acuña, Universidade de Princeton

Mauricio Acuña é doutor em Literatura e Cultura pela Universidade de Princeton e doutor em Antropologia pela Universidade de São Paulo. Autor do livro A gingada nação: intelectuais na capoeira e capoeiristas intelectuais (Alameda, 2015),atualmente investiga o Primeiro Festival Mundial de Artes Negras (Dacar, 1966) e o internacionalismo negro no Atlântico.
E-mail: jacuna@princeton.edu

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Publicado

26/10/2021

Como Citar

ACUÑA, J. M. H. Escritos de geração:: Jorge Amado e Edison Carneiro na roda da capoeira. Revista Trilhos, Santo Amaro, Bahia, v. 2, n. 1, p. 105–119, 2021. Disponível em: https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/45. Acesso em: 3 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos