Revista Trilhos https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos <p align="justify">A Revista Trilhos (ISSNe 2675-8334) é um periódico interdisciplinar semestral editado pelo Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)</p> pt-BR <p>Cedo à revista Trilhos os direitos autorais de publicação de meu artigo e consultarei o editor científico da revista caso queira republicá-lo depois em livro.</p> trilhos@cecult.ufrb.edu.br (Equipe Editorial da Revista Trilhos) suporte@revistatrilhos.com (Prof. M.e. Victor Hugo Soares Valentim) Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 OJS 3.2.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Apresentação https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/125 <p>O dossiê intitulado “Culturas, currículo e formação: mediações interculturais contemporâneas” é uma experiência formacional nascida das práticas de trocas científicas e socioculturais de um conjunto expressivo de pesquisadores/as nos campos da Educação, da Cultura e da Diversidade. Desencadeia-se a partir das ações do Grupo de pesquisa CNPq- FORCCULT - Formação, Currículo e Cultura, sediado no CECULT/UFRB. Apresenta textos produzidos nos entrecruzamentos de sujeitos, culturas, experiências, viveres, saberes e ciências que se comunicam nos contextos e acontecimentos acadêmicos entre o nordeste brasileiro, Moçambique e Portugal.</p> Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus, Eusébio A. P. Gwembe, Sílvia Michele Lopes Macedo Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/125 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Mediação intercultural versus mediação clássica https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/127 <p>Quando se fala em mediação, normalmente, a literatura de âmbito psicossocial remete para a problemática da resolução de conflitos e técnicas a usar para esse efeito. Acontece, porém, que os humanos pensam a partir de quadros de valor diferenciados, que podem entrar em choque cultural, e o conflito interpessoal não passar apenas da parte mais visível do processo. Pensar de modo diferente é inerente à condição humana, e as divergências e tensões sociais daí resultantes são, muitas vezes, abusivamente designadas de conflitos, pondo-se a tônica habitualmente na culpabilização individual. Mas discutir todas essas diferenças e compreender os fenômenos de tensão é uma fonte de riqueza, aprendizagem e transformação de todos os implicados. Não se trataria, apenas de encontrar um acordo entre partes, tipo terceiro lugar alternativo. É importante a construção de terceiros lugares, espaços de encontro entre as posições divergentes, mas estes não têm, necessariamente, de ser um ponto equidistante entre os extremos. Se na mediação jurídica e na mediação clássica (conflitos) esse lugar busca a imparcialidade, na Mediação Intercultural estamos perante a crítica à neutralidade/imparcialidade. A Mediação Intercultural, além de preventiva, assume-se como educadora, transformadora da sociedade, comunidades, grupos e indivíduos e construtora de espaços de (con)vivência. Estamos, assim, perante um novo paradigma em que a mediação intercultural se afirma como intervenção dialógica, a partir dos outros e, portanto, como uma prática da Pedagogia Social.</p> Ana Maria Vieira Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/127 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Formação, currículo e cultura https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/129 <p>Entrevista com o professor Ricardo Vieira realizada por Silvia Michele Lopes Macedo de Sá e<br>Roberto Sidnei Macedo</p> Ricardo Vieira Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/129 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Compreender a experiência cultural em cenários mediados pelo formacional https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/133 <p>O presente artigo trata de compreender a experiência de uma perspectiva cultural e como pauta estruturante e propositiva de mediações formacionais e processos formativos. Concebendo a experiência cultural a partir do cenário educacional contemporâneo, afirma a característica irredutível dessa experiência, assim como sua potência transversal no que concerne à produção de aprendizagens singulares e relacionais. Destarte, a experiência cultural vincula-se de modo tanto pontual quanto transversal no que concerne às vivências educacionais, sejam elas sociotécnicas, éticas, políticas e estéticas. Com esses argumentos, procura nutrir reflexões e práticas educacionais com o valor epistemológico e ontológico da experiência cultural nas suas diversas ressonâncias. Ademais, destacadamente, apresenta a experiência cultural na formação como uma pauta política que se vincula também às lutas por afirmação, tendo como atenção central questões da formação como experiência cultural.</p> Roberto Sidnei Macedo Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/133 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Uma reflexão sobre o perfil da/o estudante UFBA no contexto formacional do ateliê didático https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/135 <p>Este artigo tem como objetivo apresentar compreensões de uma etnopesquisa de cunho experiencial e de natureza qualitativa que vem sendo realizada a partir do Ateliê Didático, ação de formação pedagógica das/os professoras/es da Universidade Federal da Bahia (UFBA), tendo como dispositivo de pesquisa o diário formacional online. O foco dessa etnopesquisa, produzida no espaçotempo da formação realizada, reside na análise das compreensões das narrativas experienciais das/os docentes sobre os desdobramentos da aula “Perfil e questões da/o estudante UFBA”. O texto está organizado em quatro seções: na primeira, faz-se uma breve discussão sobre o contexto formacional do Ateliê Didático; na segunda, elabora-se uma discussão sobre a diferenciação, ao longo das várias turmas, da aula sobre Perfil da/o Estudante UFBA no Ateliê Didático. A metodologia emerge na terceira parte, seguida de uma explicitação das narrativas das/os docentes, enfatizando suas compreensões experienciais situadas. Para finalizar, são tecidas as considerações conclusivas. Depreendem-se dos discursos narrativos algumas incompreensões sobre a política de assistência estudantil da universidade; entendimento da necessidade da/o docente compreender a lógica das ações estudantis para a qualificação da formação e o reconhecimento da afirmação da diferença no âmbito universitário.</p> Denise Moura de Jesus Guerra, Ana Verena Magalhães Madeira Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/135 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 A capoeira como analogia para a cultura de paz https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/137 <p>A construção de uma Cultura de Paz requer o engajamento de todos setores, instituições e grupos que compõem a sociedade. Atividades esportivas, artísticas, culturais e lúdicas podem se constituir em espaços educativos nos quais os valores da paz são cultivados. O presente artigo oferece elementos discursivos que buscam reconhecer as interfaces e semelhanças entre a capoeira e a Cultura de Paz, a partir do questionamento: de que forma as experiências vivenciadas em uma roda de capoeira podem servir de analogia e inspiração para as atitudes, qualidades e comportamentos que geram a Paz?</p> Feizi Masrour Milani Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/137 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 A imposição da territorialidade portuguesa no planalto dos makonde, em Moçambique https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/139 <p>Questões de raça, cultura e identidade levaram à territorialização do planalto dos makonde em Moçambique. Territorialização é um conceito biogeográfico com diferentes significados em diferentes escolas teóricas de Antropologia, Biologia, Geografia, História. Neste artigo, territorialização é um conceito relacionado às formas de organização e reorganização social nas relações com o espaço e suas pessoas. Está relacionado à dominação jurídico-política sobre um território devido à presença do poder como estratégia de indivíduos ou grupos sociais para influenciar ou controlar pessoas, recursos, fenômenos e relações, delimitando e efetivando o controle sobre uma área específica, como os makonde do planalto.</p> Arlindo Nkadibuala Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/139 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 A formação inicial do/a biólogo/a https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/141 <p>A Biologia Celular pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento de um processo de ensino/aprendizagem decolonial e que apresente de forma positiva a gente negra. Através da perspectiva da decolonialidade, o/a educador/a poderá realizar o giro epistêmico desaprendendo para voltar a aprender e assim eliminar vácuos que por ventura tenham ficado em sua formação inicial. Assuntos ligados à população negra e relacionados à microscopia e à Biologia Celular são discutidos com discentes matriculados/as no curso de Ciências Biológicas da UFPB. Sem que se fuja dos principais temas que compõem o cronograma da disciplina, há como apresentar, em obediência à Lei nº 10.639/2003, microscopistas negros/as, aulas práticas envolvendo plantas utilizadas em cultos de religião de matriz africana, teste de falcização, mumificação, eugenia, dentre outros assuntos, os quais, além de concorrerem para a formação inicial dos/as acadêmicos/as, contribuirão para que estes/as tenham um substrato inicial de modo que, no futuro, já no papel de profissionais ensinantes, atuem em sala de aula de forma decolonial e inclusiva.</p> José Antonio Novaes (Baruty) Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/141 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Papel das canções revolucionárias na formação da consciência patriótica nas forças armadas de Moçambique (1964 – 1990) https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/143 <p>Neste artigo, discute-se o papel das canções revolucionárias na formação da consciência patriótica nas Forças Armadas de Moçambique com o objectivo geral de compreender como a canção contribuiu no despertar e na formação da consciência patriótica dos combatentes e do povo durante e depois da Luta Armada de Libertação Nacional, até o ano de 1990. Trata-se de um trabalho resultante da pesquisa bibliográfica, em que se busca entender como as canções foram usadas pelos e para os combatentes das Forças Populares de Libertação de Moçambique e, posteriormente, pelos militares das Forças Armadas de Moçambique. Ao consultar as diferentes obras, conclui-se que as canções revolucionárias foram sendo usadas e adaptadas em função das épocas históricas para valorizar a resistência heróica do povo moçambicano contra o colonialismo, servindo de inspiração e encorajamento aos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique e, mais tarde, como denúncia às agressões dos regimes minoritários a Moçambique, encorajando o povo e os militares para o cumprimento dos deveres de defesa da pátria e de solidariedade para com os povos oprimidos da África Austral e do Mundo inteiro. Durante o período em estudo, os comissários políticos foram os principais responsáveis pela dinamização da produção e difusão das canções revolucionárias. De igual modo, constatou-se que, tanto na instituição castrense, assim como, noutras, as canções têm uma função multifacetada, tanto nos momentos de alegria, como de angústia.</p> Gabriel Fermeiro Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/143 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 A Vida Nua https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/117 <p>A série "A Vida Nua" surge da reflexão sobre a vida que escapa. Iniciei essa série com retratos de minha família pintados durante o período da pandemia de Covid-19, quando a vida nos parecia essencial. Não civilizada, despida. Despida, assim como tudo o que já pintei. O tempo avança e tudo se transforma. A morte é, de fato, terrível. O que resta para nós, os vivos, é a árdua tarefa de continuar imaginando futuros possíveis.</p> Anderson Santos Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/117 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Eu sou Terezinha https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/119 <p>Este retrato (ou perfil) de Terezinha de Jesus Oliveira da Silva é fruto de diversos encontros, conversas e entrevistas gravadas. Ele teve origem no interesse dela e da antropóloga Fernanda Arêas Peixoto, que assinam o texto, de realizar um registro das experiências da artesã e sindicalista de São Félix - BA, figura notória e mais de uma vez homenageada em sua cidade natal. Ainda que referidos a uma vida singular, os trajetos de Terezinha por tempos e espaços variados fazem ecoar outras experiências e histórias da região do Recôncavo baiano e do país.</p> Terezinha de Jesus Oliveira da Silva, Fernanda Arêas Peixoto Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/119 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 A Ginga Social do Berimbau https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/121 <p>Embora o berimbau seja consensualmente reconhecido como parte inseparável da capoeira praticada hoje em diferentes países, a história desse instrumento tem minimizado sua relevância diante de seus devires ao longo do século XX. Sons, canções, toques do berimbau e sua circulação entre capoeiristas, artistas, esportistas e intelectuais foram fundamentais na passagem de uma capoeira baiana “venenosa” para os estilos “sem veneno”. Tais estilos se nacionalizaram com suficiente malícia para garantir a ambivalência entre luta, jogo e dança que a capoeira fez repercutir e reiterou entre os anos 1930 e 1960. Estas notas abordam o objeto berimbau como dotado de um tipo de agência específica para a imaginação nacional da capoeira, assim como para o controle dos corpos e hierarquias entre seus praticantes.</p> Maurício Acuña; Thaís Fernanda Salves de Brito Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/121 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Coro cênico https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/123 <p>Esta reflexão acerca da implantação de um coro cênico em um curso de Licenciatura em Teatro é fruto da pesquisa de estágio pós-doutoral realizada no Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal da Bahia entre 2022 e 2023 e intitulada O coro cênico como ferramenta pedagógica em cursos de licenciatura em teatro: critérios para a elaboração de um repertório. O ponto de partida desta pesquisa foi investigar a eficiência de um coro como ferramenta facilitadora do processo de aprendizagem de elementos musicais por discentes de teatro e a importância da escolha do repertório como elemento chave. Também buscou revelar a contribuição da atividade coral como colaboradora nas atividades relacionadas ao ensino da técnica vocal e da expressão cênica.</p> Marcelo Alves Brazil Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/123 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300 Editorial https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/115 <div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Há alguns anos, quando começamos a elaborar a Revista Trilhos, desejávamos que este fosse um espaço polissêmico, um lugar a ser ocupado por uma possibilidade de confluências teóricas, de práticas analíticas um pouco anárquicas e de ousadias metodológicas. Pensávamos, ainda, que a revista poderia receber pesquisadores interessados em compor uma espécie de laboratório, desde que obedecessem às regras da ABNT!</p> <p>O nome da revista – escolhida após uma longa discussão que percorreu uma tarde, trancados em uma sala sem muita iluminação, sob o calor típico da região – fazia uma clara alusão à canção de Caetano Veloso e cuja escolha revelava o desejo de encontrar um rumo capaz de nos conduzir a outros lugares e encontros, afinal, trilhos permitem trânsitos. Imaginamos cores intensas para cada dos números desta empreitada editorial, pensamos em uma marca que contasse sobre o cotidiano da vida do povo de Santo Amaro, cogitamos capas com imagens acachapantes que guardassem bons textos, frutos de novas metodologias e de outras experimentações.</p> <p>A Trilhos poderia ser, ainda, uma espécie de mapa de nossa imaginação sobre a educação formal em um território múltiplo ou, quem sabe, sobre as possibilidades de formação acadêmica que poderíamos criar no Recôncavo a partir da chegada da universidade em uma cidade que desde os movimentos de independência clamava pela presença de uma instituição de ensino superior. Deste modo, os nossos desejos incluíam uma formação acadêmica, relevante para a comunidade, importante para as artes e para a ciência, e comprometida com o tempo presente também estariam registradas nas páginas da Revista Trilhos.</p> </div> </div> </div> </div> Thaís Fernanda Salves de Brito, Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/115 Qui, 25 Jul 2024 00:00:00 -0300