A comunicação como semiogênese

do díspar ao signo

Autores

  • André Corrêa da Silva de Araujo UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Demétrio Rocha Pereira UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Alexandre Rocha da Silva UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul http://orcid.org/0000-0002-1194-6438

Palavras-chave:

Comunicação, Semiogênese, Transdução, Simondon, Deleuze

Resumo

“A comunicação como semiogênese: do díspar ao signo” objetiva compor o pensamento de Gilbert Simondon com o de Gilles Deleuze, especialmente naquilo que concerne à concepção dos autores franceses acerca da comunicação e do signo em séries divergentes e paralelas. A primeira série apresenta as bases da teoria simondoniana da individuação e da transdução - em nossa visão, essencialmente comunicativas - para a investigar como a ontogênese simondoniana poderia vir a se constituir também em uma semiogênese. A segunda série, de inspiração deleuzeana, visa investigar de que forma o signo, paradoxalmente produtor e produto do processo de individuação, constitui-se em elemento capaz de produzir encontros entre divergentes num processo comunicacional que tem por base as figuras do conflito e do díspar. Assim, advogamos uma concepção de comunicação semiótica cujos contornos não se reduzem nem ao realismo objetivo nem às instâncias da subjetividade, uma concepção de comunicação transindividual, perspectivista e transdutiva.

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Publicado

19/10/2020

Como Citar

ARAUJO, A. C. da S. de; PEREIRA, D. R.; SILVA, A. R. da. A comunicação como semiogênese: do díspar ao signo. Revista Trilhos, Santo Amaro, Bahia, v. 1, n. 1, p. 92–106, 2020. Disponível em: https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/10. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos